Num momento de limpeza no altar, o estilo sem excessos de grifes como Céline e Stella McCartney inspira agora noivas que querem fugir do lugar comum. Depois de anos de reinado absoluto de bordados e rendas, é a vez dos tecidos lisos e jacquards desfilarem até em grandes festas – e não só nas cerimônias civis, como acontecia até pouco tempo.
Sem o artifício de brilhos e outros materiais exuberantes, o foco se volta para a complexidade da modelagem, que deve ser impecável – por vezes, escultural. A nobreza do tecido tem um grande papel nessa equação: entre os prediletos das noivas estão zibelines, cetins, tafetás e organzas – tudo sempre 100% de seda para obter o melhor caimento. E, como bem resumiu o lendário Hubert de Givenchy, “fazer um vestido completamente simples é a chave para a alta-costura”.
Como uma princesa contemporânea, Nell Diamond, filha do banqueiro americano Bob Diamond, protagonizou um dos casamentos mais extraordinários do ano passado, em Antibes, no sul da França. A saia ultravolumosa e de cauda quilométrica conferiu o toque dramático ao modelo tomara-que-caia feito de tafetá, em plena sintonia com seu make leve. Detalhe: o vestido, criado pelo estilista Olivier Theyskens, foi enviado de Paris em um caminhão-container e teve um quarto do Hotel du Cap Eden Roc reservado só para ele.
Numa versão bem mais arrojada, Solange Knowles também fez um belo fashion statement no dia do “sim” com seu vestido-capa branco desenhado por Humberto Leon, diretor criativo da Kenzo e da Opening Ceremony – modelo similar ao que surgiu na White Collection de Valentino. Recortes estratégicos e silhuetas arquitetônicas também têm sido uma constante nas últimas coleções de Vera Wang.