O que podemos falar do casamento do Príncipe Harry e Meghan Markle? Foi um sonho! Um verdadeiro conto de fadas, marcado pelo amor, pela elegância e pelo respeito. Mais do que vestido, cabelo e detalhes, o principal foram as trocas de olhares entre os noivos, as mãos dadas, as homenagens, os simbolismos… e Harry dizendo para Meghan “You look amazing, I’m so lucky!”!
Já sabiamos que o casamento do filho caçula do príncipe Charles e da princesa Diana seria um evento histórico por si só. E a noiva Meghan Markle ser quem é – uma mulher independente, (ex-)atriz, divorciada, feminista, ativista, afro-descendente – é inédito na família real britânica! Acreditamos que a maior surpresa foi que apesar de ser um evento “público”, tudo pareceu tão deles! Vocês repararam que os votos foram trocados entre Harry e Meghan, e não entre Henry Charles Albert David e Rachel Meghan? (uma informalidade que não houve no casamento de William)
O casamento de William e Kate já havia sido lindo e emocionante, porque vimos ali uma história de amor verdadeiro – o que nos toca principalmente quando lembramos do histórico de Diana e Charles. Mas o casamento de Meghan e Harry foi além. Também houve muitos momentos de cumplicidade, a delicadeza e o cuidado do noivo gentleman para com a noiva!
Apesar da grandiosidade, o casamento foi singelo. E a simplicidade deu espaço para que o amor fosse protagonista.
Agora vamos para alguns detalhes
A Capela de St. George, dentro do Castelo de Windsor, foi o cenário do “sim” de Harry e Meghan. Doria Ragland, a mãe de Meghan, acompanhou a filha durante o trajeto de carro até a capela. Como o pai da atriz não foi ao casamento, ela optou por entrar na Igreja sozinha. Em seguida, foi recebida pelo Príncipe Charles, que a conduziu pelo restante do caminho até o altar.
O projeto floral de Philippa Craddock foi um espetáculo à parte! Logo na porta da Capela de St. George, um arco de flores gigante chamava a atenção. Como já havia sido anunciado, a florista usou folhagens do The Crown Estate e do Windsor Great Park e rosas e peônias brancas. E o que mais gostamos foi a forma como o verde ficou com todo o destaque, com as flores apenas salpicando o arco! Dentro da capela, decoração floral no mesmo estilo – nos portais e no altar, nada na nave – o que ficou simplesmente perfeito, porque a Igreja já é incrível por si só.
Meghan optou por não ter uma maid of honour. Mas as daminhas e pajens, é claro, não poderiam faltar! O Príncipe George e a Princesa Charlotte, filhos do Príncipe William e Kate Middleton, foram os “líderes”. Florence van Cutsem, afilhada de Harry e prima de Grace van Cutsem, a daminha mais memorável de Kate e William; Remi e Rylan Litt, afilhadas de Meghan; Ivy Mulroney e os irmãos gêmeos, Brian e John, que são netos do ex-Primeiro Ministro do Canadá, Brian Mulroney; Zalie Warren, também afilhada de Harry; e Jasper Dyer, filho de Mark Dyer, grande amigo de Harry, complementam a turma de daminhas e pajens!
A responsável pelo vestido de noiva foi Clare Waight Keller, da Givenchy. Além de britânica, a designer foi também a primeira mulher a assumir a direção artística da maison. O tecido de seda feito especialmente para Meghan, tinha um caimento lindo e um brilho sutil. O vestido de linhas simples fez com que a noiva brilhasse, não se sobrepondo à ela nem à ocasião. Para mim, passou uma imagem de elegância não apenas em termos de estilo, mas de atitude.
O véu da noiva tinha quase 5 metros de comprimento e toda uma história por trás. Em tule de seda, a peça contava com flores bordadas à mão, representando os 53 países da Commonwealth. Meghan adicionou também a espécie Chimonanthus praecox, que cresce no Palácio de Kensington, e a Eschscholzia californica, que representou sua terra natal. O trigo complementou o véu, simbolizando amor e caridade. A tiara que Meghan usaria era outro mistério em torno do casamento! E, mais uma vez, ela surpreendeu a todos ao usar a Queen Mary Diamond Bandeau, cedida pela Rainha Elizabeth. A peça foi criada em 1932 e, em seu centro, carrega o broche que pertenceu à Rainha Mary. Para complementar, ela usou brincos discretos (o modelo Galanterie) e pulseira da Cartier.
Além da decoração da capela, Philippa Caddock também fez o bouquet de Meghan – com flores brancas, como manda a tradição. A composição teve espécies como astilbe, lírios-do-vale e astrantia, além do ramo de murta (outra tradição, que vem desde o reinado da Rainha Victoria). O bouquet teve ainda uma linda homenagem à mãe do noivo! As misótis eram as flores preferidas de Lady Diana e foram colhidas pelo próprio Harry!
Em mais uma homenagem às origens de Meghan, o bispo norte-americano Michael Bruce Curry foi uma novidade em um casamento real. Com um discurso poderoso, ele citou Martin Luther King Jr. e falou sobre a história dos Estados Unidos e a escravidão. A cerimônia também teve um coral gospel (lindíssimo!!), que cantou o clássico Stand by me, de Ben E. King. Quando Harry e Meghan deixaram o altar para assinar os papéis, o violoncelista Sheku Kanneh-Mason roubou a cena! E para completar, o coral clássico de crianças!
A mãe de Meghan visivelmente emocionada foi tocante!
Durante a cerimônia, Meghan estava com o anel de noivado na mão direita. Após o “sim”, ele passou a fazer companhia para a aliança, já na mão esquerda:
